Tecnologia na Justiça: como a Inteligência Artificial e a Computação Cognitiva estão impactando a área

Atualizado em: 16/04/2024

Chegamos à Era Cognitiva. As novas tecnologias de Inteligência Artificial são uma realidade e já começaram a impactar a Justiça.

A tecnologia na Justiça está avançando em um ritmo acelerado, influenciando de forma irreversível a prestação do serviço jurídico em todos os seus setores. Na Era Cognitiva, as máquinas trabalham de forma integrada com as pessoas no mundo real. Passam a ser capazes de entender dados, aprender com eles e, até mesmo, raciocinar a partir deles. É uma ajuda significativa aos setores que dispõem de muitos dados para serem analisados, como o ecossistema da Justiça.

Nos Estados Unidos, a IBM criou o primeiro advogado de inteligência artificial do mundo. O escritório americano Baker & Hostetler contratou o “robô-advogado” ROSS, construído a partir do Watson, primeira máquina de Computação Cognitiva, também desenvolvida pela IBM. O ROSS foi desenvolvido para ler e compreender a linguagem natural, criar hipóteses quando questionado, pesquisar e gerar respostas (com referências e citações) para fundamentar suas conclusões. Ele também aprende pela sua própria experiência, ganhando velocidade e conhecimento a partir das interações. O “robô-advogado” ainda armazena toda a legislação do País, jurisprudências, precedentes, citações e qualquer outra fonte de informação jurídica atualizada.

“Os desafios e os problemas que estamos encarando hoje são complexos demais para serem atacados por um único ser humano. Assim, a entidade que vai resolver o problema será uma combinação de humanos e máquinas trabalhando juntos, formando uma espécie de inteligência integrada”, afirma Daniel Hillis, co-chairman da Applied Minds no vídeo “O Futuro da Computação Cognitiva”, produzido pela IBM.

O impacto da tecnologia na Justiça

A adoção de sistemas de gestão, uma solução da tecnologia na Justiça, é o primeiro passo para os profissionais que buscam a modernização da própria atuação. No ecossistema da Justiça, a tecnologia pode agilizar e melhorar o trabalho dos profissionais, oferecendo respostas muito mais rápidas à sociedade. Os sistemas de gestão proporcionam a automatização e a simplificação dos principais procedimentos nas procuradorias, por exemplo.

Os profissionais conseguem organizar uma grande quantidade de informações dentro do sistema e acessá-las com agilidade.

A popularização do uso das soluções tecnológicas fez com que as instituições passassem a reunir uma grande quantidade de dados, de variados tipos, em uma velocidade muito grande. Para Tiago Melo, Champion do Lab da Justiça (departamento especializado na pesquisa de inovação e novas tecnologias na Softplan), melhorar as atuais soluções por meio da implementação de novas e disruptivas tecnologias, como Big Data, Machine Learning, Inteligência Artificial e Computação Cognitiva, é a alternativa encontrada para gerenciar as informações de forma inteligente e se beneficiar dos dados armazenados pelos sistemas.

“O ecossistema da Justiça é uma área em que a Ciência de Dados tem um impacto significativo no auxílio do trabalho intelectual de juízes, advogados, defensores, promotores e procuradores. A Inteligência Artificial, aplicada a um sistema de gestão, pode apoiar o trabalho desses profissionais e ajudá-los a obter insights valiosos que só são possíveis com uma interpretação inteligente da imensa quantidade de dados disponíveis”, explica Melo.

Inteligência Artificial e a evolução do ecossistema da Justiça

As novas tecnologias, como a Inteligência Artificial e a Computação Cognitiva, segundo Tiago Melo, já foram testadas e validadas em todo o mundo. O desafio agora é sensibilizar os profissionais para que eles compreendam as possibilidades que se abrem com o uso da tecnologia na Justiça.

A partir da adoção de sistemas de gestão, as instituições do ecossistema da Justiça passaram a ter um volume e uma variedade muito grande de dados e informações disponíveis no sistema. O maior desafio da tecnologia tradicional, nesse momento, é lidar com esse cenário e gerenciar de forma inteligente as informações disponíveis. Por isso, torna-se cada vez mais necessário adotar novos recursos que possam atender às necessidades contemporâneas.

“As tecnologias tradicionais já atingiram o seu limite de ganhos proporcionados aos profissionais do ecossistema da Justiça, trabalhando intensamente em automatizar e simplificar procedimentos e facilitar a vida dos usuários. Isso impulsionou a criação de soluções baseadas em tecnologias disruptivas com objetivo de auxiliar o trabalho intelectual dos profissionais”, argumenta Melo.

Inteligência Artificial na Justiça: soluções de Computação Cognitiva para todo o ecossistema da Justiça

Pelo fato de ter a expertise necessária tanto no ecossistema da Justiça quanto na área da inovação, a Softplan já oferece soluções que aplicam a Ciência de Dados, garantindo ainda mais eficiência, produtividade e celeridade ao ecossistema da Justiça.

Em abril de 2017, durante o evento Innovation Day, a Softplan anunciou o início das operações do Lab da Justiça e a criação do Centro de Inteligência Artificial, um laboratório de Ciências de Dados. A partir de agora, todas as novas soluções desenvolvidas pela empresa terão componentes de Computação Cognitiva.

O “Assistente Digital do Magistrado” e o “Assistente Digital do Promotor” são algumas da soluções que agilizam o trabalho de decisão judicial por meio da Computação Cognitiva. Estas soluções facilitam o entendimento dos casos e a construção de peças processuais que, após finalizadas de maneira estruturada, podem ser enviadas ao Poder Judiciário com apenas um clique. Outra solução é o SAJ Analytics, que utiliza Big Data para combinar dados e prever padrões de entrada de novos processos e de principais classes das peças.

“O uso da Computação Cognitiva é a alternativa para tornar mais célere o trabalho de juízes e magistrados. Com isso, as respostas à sociedade serão mais rápidas e mais assertivas”, garante Ilson Stabile, diretor-executivo da Softplan.

Assim, a implementação de tecnologia na Justiça passa a se tornar uma importante aliada ao trabalho dos profissionais de todo este ecossistema. E você, já está preparado para a Era Cognitiva?

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