Processo digital nas procuradorias: SaaS ou licenciamento?
Diante do cenário financeiro delicado em várias prefeituras brasileiras, o processo digital nas procuradorias é uma das principais tendências para recuperar créditos.
Por meio da tecnologia, é possível aumentar as Execuções Fiscais. Para isso, a Procuradoria deve implantar um sistema para gerenciar seus processos, que automatiza os fluxos de trabalho, controla os prazos e faz ajuizamentos em lote.
Na hora de implantar o processo digital nas procuradorias, é preciso escolher entre dois modelos: licenciamento de software ou SaaS (Software as a Service). A principal diferença está na forma de armazenamento dos dados. No licenciamento, o datacenter fica dentro da prefeitura. Já no modelo SaaS, o datacenter fica alocado na estrutura de uma empresa especializada em Tecnologia da Informação. Para essa decisão, é importante que os procuradores tenham apoio dos profissionais de TI da prefeitura.
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Processo digital nas procuradorias: como escolher um sistema de gestão
O modelo SaaS ficou mais conhecido nos últimos anos, com a popularização da internet e as melhorias dos serviços de banda larga. Normalmente, ele custa mais barato para o caixa da prefeitura. A Procuradoria aluga um datacenter de uma empresa especializada para guardar os dados e paga apenas pelo espaço que usar.
Já o licenciamento de software pede que a prefeitura tenha um datacenter em sua própria estrutura. Neste caso, é preciso um investimento muito alto para montar um datacenter realmente seguro para implantar o processo digital nas procuradorias.
Relação custo-benefício
“Hoje em dia, é arriscado manter um datacenter próprio sem a estrutura adequada, com alta segurança. A vulnerabilidade dos dados é maior quando a prefeitura não tem dinheiro para investir em bons firewalls, ambientes seguros e equipes de TI especializadas. Considerando a situação financeira dos governos municipais, o modelo SaaS tem sido a melhor estratégia na relação custo-benefício”, explica Luis Fernando Fausto, Mestre em Ciência da Computação, que trabalha há mais de 20 anos com sistemas para a área da Justiça.
Recentemente, o modelo SaaS foi o escolhido da Procuradoria-Geral de Balneário Camboriú (SC). “Esta é a principal tendência, a que traz mais vantagens. Além de ser mais barato para o setor público, tem uma logística simples e é fácil de manter. O ideal é que o setor de TI das instituições públicas se dediquem a prestar serviço de consultoria e apoio aos servidores. Por isso, o SaaS proporciona mais segurança. Podemos, inclusive, fazer auditorias constantes nos sistemas”, conta Márcio Luis Catelan, diretor da Divisão de Tecnologia da Informação da Prefeitura de Balneário Camboriú.
Para Catelan, somente sistemas muito antigos e pesados ainda funcionam com licenciamento de software. É o caso de alguns softwares usados pelos servidores do município catarinense, mas que exigem um grande esforço de gerenciamento por parte da equipe de TI. Este tipo de tecnologia exige atualizações constantes e investimentos mais altos para manutenção.
“Aos poucos, as instituições públicas vão se adequar às novas tecnologias, que vão no caminho do SaaS. Esse modelo cria mecanismos de segurança muito mais eficazes, possibilitando até a rastreabilidade dos dados”, destaca o diretor de TI da Prefeitura de Balneário Camboriú.
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