Coronavírus versus home office: em situação de calamidade e a necessidade de ficar em casa
Estamos atravessando uma tempestade de consequências incalculáveis, seja na esfera pessoal, seja na esfera econômica. O fato é que a pandemia mudará o mundo que conhecemos.
Vivemos novos tempos e, muito provavelmente, um divisor de águas no que se refere ao teletrabalho, ou comumente conhecido, home office e trabalho remoto.
Nos deparamos com um dilema: como viabilizar, nos mais diferentes aspectos, a continuidade do que era realizado pelas mais diversas profissões e profissionais (pensem na área privada e pública)? Alguns, sem dúvida, carregam intrinsecamente a característica da presença física, olho no olho, debates acalorados. Em outros, essa presença física é secundária, sendo o resultado de cada atividade o principal objetivo a ser alcançado. Sem dúvida, para casos específicos, não há outra forma senão a presença dos envolvidos.
Aumento de produtividade com a adoção de tecnologia
A tendência tem sido, há vários anos, a busca por mecanismos para a eficácia do trabalho à distância, comprovando-se, por alguns dados, o aumento da produtividade de equipes da maioria das atividades de empresas privadas e públicas.
Não fica difícil identificar alguns motivos que levariam a este aumento de produtividade: tempo de deslocamentos em grandes cidades (transporte público, trânsito caótico, horas perdidas), poluição sonora e atmosférica, despesas decorrentes, flexibilidade de horário etc. Quando a saúde (física e mental) dos colaboradores/servidores públicos melhora, o desempenho deles aumenta. Dessa forma, conseguem focar mais, organizar melhor a rotina de trabalho e ainda têm ganhos em qualidade de vida.
Vejamos o caso de sucesso da Procuradoria Municipal de Contagem (MG):
Assim, para toda e qualquer entidade que pretende navegar em home office, a adoção de ferramentas tecnológicas é premissa sine qua non, ou seja, “indispensável”. Atualmente, a evolução tecnológica disponibiliza um arsenal de soluções tecnológicas para facilitar a execução de uma gama muito grande de atividades. E mais: falamos corriqueiramente em aprendizagem de máquina (machine learning), computação cognitiva e Inteligência Artificial, análise de dados, jurimetria e predições. Precisamos aprender com e tirar proveito delas.
Nesta esteira, podemos observar que o trabalho home office foi adotado (claro, por força da situação atual) nos mais diversos segmentos (privados e públicos) sem que tenha implicado perda ou diminuição de desempenho das respectivas atividades ou serviços. Diga-se, por oportuno, que muitas atividades dos serviços públicos se mantiveram ativas, e outras, inclusive tiveram aumento de produtividade.
Em pesquisa recente realizada pela WeGov sobre o assunto teletrabalho, vemos que os resultados obtidos corroboram a tendência e a necessidade de adoção de práticas que auxiliem o trabalho remoto e continuidade da execução das atividades.
A Justiça não para na quarentena
Podemos conferir, em período de quarentena e realização de trabalho home office, que a Justiça brasileira está em plena atividade. Confira os dados de Tribunais de Justiça e Ministérios Públicos que utilizam a solução SAJ:
Não poderíamos deixar de mencionar as Procuradorias de Estados e Municípios:
Solução tecnológica para auxiliar atividades remotas
Desta forma, para que uma solução tecnológica possa auxiliar na execução de atividades remotas, ela deve conter algumas características mínimas:
- Gerenciamento completo dos processos: desde a origem até a extinção de um processo, permitindo a gestão da vida inteira do processo, com o gerenciamento de todos os eventos que ocorrem na sua existência. Somente dessa forma é que um magistrado/promotor/procurador estará municiado de todas as informações sobre tudo o que acontece na instituição, sem a dependência de qualquer tipo de relatório ou planilha.
- Automatização: retirar as tarefas repetitivas e de baixa cognição, liberando ao magistrado/promotor/procurador mais tempo, para aprofundar a tese em processos de maior complexidade.
- Gestão da instituição: permitindo gerir os seguintes aspectos:
- Processos: identificar o volume de processos;
- Produtividade: conhecer a capacidade de vazão dos processos frente ao número de magistrado/promotor/procurador;
- Estrutural: conhecer a demanda e adaptar a estrutura a ela;
- Estratégica: definir a forma de conduzir a instituição;
- Econômica: demonstrar a melhoria econômica com a adoção de ferramenta tecnológica e melhoria dos processos.
- Assertividade na tomada de decisões: disponibilização de dados estruturados (gráficos) para direcionamento e tomada de decisões de maneira assertiva, ou seja, utilizar Business Intelligence.
Por fim, nos parece um caminho sem volta (já ouvimos antes esta frase em outro momento e contexto), em que a adoção de ferramentas tecnológicas é imprescindível para a execução das atividades típicas de cada esfera, seja ela privada ou pública. Estamos afastados fisicamente, mas deveremos estar unidos cada vez mais com todos os recursos disponíveis.
A todos, que possamos comemorar juntos a superação desta fase.